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Como emitir a CAT e garantir seus direitos trabalhistas

28 de fevereiro de 2024
Como funciona o CAT para o trabalhador? - Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT)

A CAT, que significa Comunicação de Acidente de Trabalho, é um papel muito importante que serve para contar oficialmente quando um trabalhador morre, se machuca ou fica doente por causa do trabalho. Vamos entender como ela funciona de um jeito simples:

O que é a CAT?

É um documento que a empresa ou o próprio trabalhador preenche quando acontece um acidente no trabalho. Ela serve para garantir que o trabalhador receba cuidados médicos e ajuda em dinheiro, se precisar ficar um tempo sem trabalhar ou se até mesmo não retornar (em caso de morte), quando sua família receberá uma pensão, em caso de negligência da empresa para com as normas de segurança do trabalho.

Quando Usar a CAT?

Sempre que alguém se machucar trabalhando, mesmo se for um corte pequeno, ou se ficar doente por causa do trabalho, como perder a audição por causa de muito barulho.

Também se usa a CAT se o acidente acontecer no caminho de casa para o trabalho ou do trabalho para casa.

Quem Preenche a CAT?

Normalmente, é a empresa onde o trabalhador se machucou que deve preencher e entregar a CAT. Mas, se a empresa não fizer isso, o próprio trabalhador, um amigo, um familiar, o médico ou o Hospital que o atendeu, ou qualquer pessoa que saiba do acidente pode preencher e entregar.

Como Entregar a CAT?

Depois de preencher, a CAT deve ser entregue no INSS diretamente pela Internet no aplicativo “Meu INSS”, que é o lugar que cuida da aposentadoria e dos benefícios dos trabalhadores. Também é bom guardar cópia para você ou sua família.

Rodrigo Fortunato Goulart, advogado trabalhista e doutor em Direito, explica que “Registrar a CAT é o primeiro passo para transformar a dor em justiça. É ela que dá voz ao trabalhador e garante que o sofrimento da família não seja esquecido pelo sistema.”

Por Que a CAT é Importante?

Com a CAT entregue, o trabalhador machucado pode receber ajuda do INSS (benefício previdenciário de auxílio-doença por acidente de trabalho) para pagar as contas enquanto não pode trabalhar, além de tratamento médico gratuito.

É um direito de todos os trabalhadores que ajuda a cuidar da saúde e da vida financeira depois de um acidente de trabalho.

Então, se você ou alguém que você conhece se machucar no trabalho, lembre-se de que a CAT é muito importante para garantir os direitos e a ajuda que o trabalhador precisa.

Quando abre a CAT tem estabilidade?

Sim, quando um trabalhador tem um acidente de trabalho e a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) é aberta, com afastamento previdenciário por mais de 15 dias (Auxílio-doença acidentário, B-91), ele ganha o direito a uma estabilidade no emprego.

Isso quer dizer que, depois de voltar ao trabalho por ter se recuperado do acidente, ele não pode ser mandado embora sem justa causa durante um certo período. Essa proteção é conhecida como "estabilidade acidentária".

Aqui estão os detalhes principais dessa estabilidade:

Duração da Estabilidade

O trabalhador tem direito a uma estabilidade no emprego por 12 meses após o fim do seu benefício de auxílio-doença acidentário (B-91). Isso significa que, depois que ele se recuperar e voltar ao trabalho, a empresa não pode demiti-lo sem justa causa por um ano.

Quem Tem Direito?

Esse direito é para trabalhadores que sofreram acidente de trabalho e que receberam auxílio-doença acidentário (B-91), um benefício pago pelo INSS para quem precisa se afastar do trabalho para se tratar.

Por Que Isso Existe?

A ideia é proteger o trabalhador que se machucou enquanto trabalhava, garantindo que ele tenha seu emprego e salário enquanto se recupera. É uma forma de dar segurança para ele voltar ao trabalho sem medo de ser demitido logo depois.

O Que Fazer para Garantir?

Para garantir essa estabilidade, é muito importante que a CAT seja aberta logo depois do acidente. Sem a CAT, fica mais difícil provar que o acidente aconteceu por causa do trabalho e ter direito a essa proteção.

Porque as empresas não gostam de abrir a CAT?

As empresas podem ter várias razões para hesitar em abrir a Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT), apesar de ser um procedimento legalmente obrigatório em casos de acidentes de trabalho ou doenças ocupacionais.

Abaixo listamos algumas possíveis razões para explicar isso de forma simples:

Impacto nas Finanças

Quando uma CAT é aberta, isso pode aumentar as taxas que a empresa paga para o seguro contra acidentes de trabalho. Isso acontece porque o número de acidentes registrados pode indicar que o local de trabalho tem riscos maiores, levando a um aumento no custo do seguro.

Imagem da Empresa

Algumas empresas se preocupam com a sua reputação. Elas podem achar que, se muitas CATs forem abertas, isso vai dar a impressão de que elas não cuidam bem da segurança dos seus trabalhadores. Isso pode afetar a forma como as pessoas veem a empresa, incluindo clientes e futuros funcionários.

Processos Legais e Indenizações

A abertura da CAT também pode levar a processos na Justiça do Trabalho parte dos trabalhadores que se acidentaram, buscando indenizações por danos causados pelo acidente. Isso pode significar custos legais adicionais e possíveis indenizações a serem pagas pela empresa.

Processos Administrativos

Abrir uma CAT significa que a empresa terá que lidar com mais processos administrativos, como acompanhar o caso, fornecer documentos e participar de perícias médicas. Algumas empresas podem ver isso como um incômodo ou uma perda de tempo.

Estabilidade no Emprego

Como mencionado, a abertura da CAT dá ao trabalhador acidentado o direito a uma estabilidade no emprego por 12 meses após o retorno ao trabalho. Empresas que estão buscando flexibilidade para demitir funcionários podem ver isso como uma desvantagem.

Apesar dessas razões, é importante lembrar que a abertura da CAT é um direito do trabalhador e uma obrigação legal da empresa. Ela é fundamental para garantir que os trabalhadores recebam os cuidados e o suporte necessários após um acidente, além de contribuir para a prevenção de futuros acidentes no ambiente de trabalho.

Recomenda-se também a consulta a um profissional especializado em direito do trabalho e previdenciário, pois a legislação pode sofrer alterações, e as condições específicas para o recebimento de direitos podem variar. 

Existem prazos legais para entrar com ações trabalhistas, geralmente de até 2 anos após o término do contrato de trabalho (ou do acidente) para iniciar a ação e de até 5 anos para reclamar sobre verbas trabalhistas não pagas nos últimos 5 anos do contrato.

Em caso de dúvidas ou problemas nas relações de trabalho, consulte sempre um advogado trabalhista de sua confiança.

Veja mais:

O que é considerado acidente de trabalho?

Quais os direitos de quem sofre um acidente de trabalho?

Acidente de trabalho e Doença ocupacional

Advogado Trabalhista em Curitiba
Rodrigo Fortunato Goulart
OAB/PR sob nº 36.980
Com 25 anos de experiência na área trabalhista, é Mestre e Doutor em Direito pela PUCPR, Diretor do Departamento de Direito do Trabalho do Instituto dos Advogados do Paraná e Professor de Relações Trabalhistas e Saúde no Trabalho na Escola de Negócios da PUCPR.
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FAQ

PERGUNTAS
FREQUENTES

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Se você foi mandado embora sem justa causa, tem direito a receber: salário dos dias trabalhados, aviso prévio (se não foi cumprido), férias proporcionais + 1/3, 13º salário proporcional, multa de 40% sobre o FGTS, além de poder sacar o FGTS e, se tiver direito, pedir o seguro-desemprego. Dependendo do seu caso, pode haver outros direitos.
O salário e o FGTS devem ser pagos na data certa. Se houver atrasos constantes, isso pode ser motivo para encerrar o contrato de trabalho por culpa do patrão (rescisão indireta). Além disso, o trabalhador pode receber juros e correções pelos dias de atraso e até uma indenização por danos morais, se for o caso.
Sim. Mesmo sem registro na carteira, você pode ter direito a todos os benefícios de um trabalhador com carteira assinada, como FGTS, férias, 13º salário, INSS e outros. Se o patrão não reconhece isso, é possível entrar na Justiça e apresentar provas para garantir seus direitos.
Se você sofreu um acidente de trabalho, pode ter direito a afastamento com pagamento do INSS, estabilidade no emprego depois que voltar ao trabalho e até indenização, dependendo do caso. Se o acidente deixou sequelas, pode haver direito à aposentadoria por invalidez, pensão vitalícia (paga pela empresa) ou outros benefícios.
As horas extras só podem ser exigidas dentro da lei. Se você trabalha além do horário normal, tem direito a receber um valor maior por cada hora extra (pelo menos 50% a mais do que a hora normal). Algumas categorias podem ter regras diferentes em acordo ou convenção coletiva.
Não. O patrão não pode mudar seu contrato de trabalho para piorar suas condições sem seu consentimento. Se isso acontecer e te prejudicar, você pode ter o direito de pedir a rescisão indireta do contrato e receber todas as verbas como se tivesse sido demitido sem justa causa.
A lei garante estabilidade para mulheres grávidas desde o início da gestação até cinco meses depois do parto. Se for demitida nesse período, pode pedir para ser reintegrada ao trabalho ou receber uma indenização.
Se o patrão manda um funcionário abrir uma empresa (CNPJ ou MEI) só para continuar trabalhando do mesmo jeito que antes, isso pode ser uma fraude chamada “pejotização”. Se houver subordinação, horário fixo e obrigações como as de um empregado, pode ser possível pedir na Justiça o reconhecimento do vínculo empregatício e receber todos os direitos previsto em lei.
Sempre que tiver dúvidas ou problemas no seu trabalho, como salário atrasado, demissão injusta, assédio, não pagamento de direitos, trabalho sem carteira assinada, entre outros. Um advogado pode orientar sobre o que fazer e se vale a pena entrar na Justiça.
Na consulta, o advogado analisa o seu caso, verifica documentos, esclarece dúvidas e explica quais são os possíveis caminhos para resolver o problema. Dependendo da situação, pode ser feito um acordo com a empresa ou, se necessário, uma ação na Justiça.
O valor depende do caso e do advogado. Cada profissional tem liberdade para estabelecer o preço dos seus serviços. Profissionais experientes podem cobrar um valor fixo pela consulta ou pelo processo, enquanto outros podem trabalhar com um percentual do valor que o cliente receber no final da ação (honorários em caso de vitória). Tudo deve ser combinado antes, de forma transparente.
O tempo pode variar bastante. Se houver um acordo, pode ser resolvido rapidamente. Mas, se precisar de uma decisão da Justiça, pode levar meses ou até anos, dependendo do caso e dos recursos.
Depende. Depois da Reforma Trabalhista, quem perde a ação pode ser condenado a pagar honorários ao advogado da outra parte, mas há exceções. Também pode haver custos do processo, dependendo do contrato feito com seu advogado. Por isso, é importante entender tudo antes de entrar com a ação.
Os documentos mais importantes são: carteira de trabalho física ou digital, holerites (contracheques), contrato de trabalho, comprovantes de pagamento, extrato do FGTS, carta de demissão e qualquer outro que mostre como era a relação de trabalho. Se não tiver todos, o advogado pode te orientar sobre como reunir provas.

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